O poder nos tempos da peste - Portugal - Séculos XIV/XVI
O temor das pestes e as imagens e expressões do castigo que
afligiam a humanidade são pesquisadas pelo autor, que levanta a origem e o
sentido do próprio castigo: pecado, culpa e redenção. A propósito do objeto da
medicina e da doença, a imagem da realeza e sua importância cultural ligam-se à
produção de um discurso régio sobre a doença.
Os tempos da peste foram, por excelência, os da purificação
espiritual, sobretudo para o discurso cristão. O castigo, em última análise,
visava afirmar aos homens a brevidade da vida e quão pacífica poderia ser sob a
face bondosa do Pai. Redimir, resgatar, salvar, ainda que a ferro e fogo, esta
seria a razão maior do castigo.
Centralização em termos de epidemia, conforme diz o autor,
poderia ser o título desta obra - considerados os limites de ação régia no
período. Isso ressalta o choque entre "poderes": a peste capaz de se
disseminar pelo reino e pela realeza, por sua vez arrogando-se mantenedora da
própria ordem do reino. O discurso régio penetrou como elemento integrante de
um processo de longo percurso, interferindo no campo da saúde pública nacional
sob sua ingerência.
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para ter acesso ao livro completo
http://www.eduff.uff.br/ebooks/O-poder-nos-tempos-da-peste.pdf
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