Porque querer
resolver as questões migratórias neste momento?
- Revda Dra. Virgínia Santos N´kutxi
A denúncia dos refugiados congoleses contra o governo
angolano é importante na sua essência e
na sua praticidade.
Os congoleses forçados a voltarem para o seu pais neste período
critico de estado de emergência em angola, onde a natureza desta emergência
consiste em limitar a locomoção das
pessoas é espantoso e suscita varias questões.
Angola sempre foi um pais acolhedor e embora tenha varias
dificuldades sociais, por muitos anos tem compartilhado do pouco de seu pão com
os estrangeiros de varias nacionalidades que escolhem o pais para viverem.
Os conceitos de Cristo de cuidar dos indigentes e hospedar
os estrangeiros que saem do seu país por
vários motivos, cai por terra e se torna penoso; sobretudo quando o denunciante
é o vizinho mais próximo e com a mesma
raiz étnica.
Como se não bastasse
a denuncia da expulsão, junta-se à dos maus tratos. O governo nega, é a palavra
dos expulsos contra à das entidades de tutela migratória.
Uma pergunta que não quer se calar é: Porquê querer resolver as questões migratórias neste
momento, que a atenção principal deve se centrar na pesquisa, cura e prevenção
do Covid 19?
Está faltando
possibilidades reais de sustento destas
populações?
Não sabemos e nem
temos as respostas. Em todo caso, o país deveria primar pela sua integridade
fundada nos princípios cristão e nacionais de cuidado e solidariedade com os que mais necessitam; uma vez tendo
começado a fazer o bem, ao acolher os
refugiados, que continue até que se
encontre mecanismos favoráveis para os dois lados.
Assim não iria ferir
o conceito básico da solidariedade
africana, uma das bandeiras que nós
africanos defendemos por honra.
LEIA A NOTÍCIA NA ÍNTEGRA
Mais de 250 pessoas de nacionalidade congolesa chegaram à
localidade de Kamako, na República Democrática do Congo (RDCongo) após terem
sido expulsas de Angola, noticiou hoje a comunicação social local.
De acordo com o portal noticioso congolês Actualité, que
cita o representante local do Programa Nacional da Higiene nas Fronteiras,
Christian Mabedi, 210 pessoas chegaram a Kamako na segunda-feira, enquanto
outras 50 atravessaram o posto fronteiriço durante o dia de hoje.
"Eles chegaram exaustos e sem nada. Disseram-nos que
foram vítimas de maus-tratos por parte das forças de segurança angolanas. O
grave é que algumas das mulheres chegaram quase nuas", referiu Mabedi,
acrescentando que foi medida a temperatura a todos os que atravessaram a fronteira
e nenhum apresentou sinais de covid-19.
Na semana passada, o governo provincial de Kasai lamentou,
durante o Conselho de Ministros, a expulsão dos congoleses de Angola e a
incursão das forças armadas angolanas em território congolês.
Até março, cerca de 20 mil refugiados foram colocados na
fronteira pelas autoridades angolanas, com o acordo do Alto Comissariado das
Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Os refugiados têm-se queixado recorrentemente de abusos por
parte das autoridades de Angola, que têm negado a acusação, e alegam que são
forçados a caminhar durante dias, dormindo à beira da estrada e carregando
todos os seus bens.
Para Luanda, os congoleses que não se registaram nos
serviços de imigração são considerados imigrantes ilegais porque a guerra civil
no país vizinho já terminou e perderam o estatuto de refugiados.
https://www.angonoticias.com/Artigos/item/64630/centenas-de-congoleses-chegam-a-rdcongo-apos-serem-expulsos-de-angola
https://www.angonoticias.com/Artigos/item/64630/centenas-de-congoleses-chegam-a-rdcongo-apos-serem-expulsos-de-angola
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