sábado, 23 de maio de 2020

“TIVE FOME E ME DESTE DE COMER” – RESPOSTAS PASTORAIS À PANDEMIA





ANGOLA - REFUGIADOS E CRIANÇAS ENTRE OS QUE SOFREM COM A FOME

O coordenador geral dos refugiados em Angola, Mussenguele Kopele, anunciou hoje que mais de 100 famílias da comunidade estão com dificuldades para se alimentar por conta do confinamento originado pela Covid-19, pedindo ajuda para acudir os afectados.
Segundo o responsável, os mais vulneráveis nesta condição estão os refugiados com doenças crónicas, crianças órfãs bem como muitos requerentes de asilo e refugiados com documentos expirados.
quarta-feira, 06 maio 2020
Comentário da Revd. Dra. Virgínia dos Santos N´kutxi

A Conferência Anual do Oeste de Angola da Igreja Metodista Unida colocou-se em acção, acudindo aos necessitados neste período de confinamento.
A semana que findou a direção da Igreja Metodista esteve engajada na distribuição de mais de setecentos quites de cestas básicas às famílias carentes da Igreja e da sociedade em geral.


A Igreja está se colocando ao serviço do povo. Num primeiro momento para manifestar seu amor ao próximo. Amor este pregado, ensinado e vivido por Jesus.
Em segundo lugar, sentindo a dor do oprimido social e levando a libertação através do alimento físico. O pão que também Jesus alimentou as multidões que o seguiam para ouvir o evangelho. Sendo Ele, O Pão da Vida.
Num terceiro momento, Ela está colocando em execução um dos fundamentos de sua doutrina fundadora; quanto a importância da acção social, prática integrante na sua doutrina social, que se afigura fundamental na vida da Igreja Metodista no mundo. Para o João Wesley, o exercício da solidariedade e o serviço ao próximo é a forma mais elevada da prática da fé.
E num quarto momento, não menos importante que os três anteriores: Com estas ações, Ela pretende seguir as pisadas de Cristo; que durante o seu ministério deu de comer aos que tinham fome e que conclama a fazer o mesmo, sublinhando que quando se der de comer a quem tenha fome, é a Ele que alimentamos.
Nestes actos de solidariedade, encontra-se a marca do Divino que tanto se busca nas celebrações.
O Divino está justamente no rosto sofrido de quem busca por pão, por justiça por aceitação na luta diária em busca da sobrevivência. Portanto, Igreja que não vive a sua fé na prática da solidariedade e no encontro dos desfavorecidos, não está defendendo a vida, logo, não está pregando o evangelho. Porque o evangelho é vida, o evangelho é Jesus Cristo e Jesus é vida.


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