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Covid-19: Números recorde e alertas nos PALOP
Cabo Verde e Angola bateram recordes nos números diários.
Moçambique aguarda instruções de Filipe Nyusi. Na Guiné-Bissau, responsável
pela luta contra a pandemia diz que o país deve preparar-se para um aumento de
casos.
Cabo Verde registou este sábado mais duas mortes associadas
ao coronavírus, aumentando os óbitos para 12 no país, no dia em que anunciou
mais 64 casos, o maior número diário, informou o Ministério da Saúde.
Em comunicado, o Ministério informou que o país registou
mais dois óbitos, um na ilha do Sal, o terceiro em duas semanas, e outro na
cidade da Praia, elevando o número de mortes para sete na capital cabo-verdiana.
Os restantes dois óbitos foram registados nas ilhas da Boa Vista (um) e de São
Vicente (um), este último na sexta-feira à tarde.
No mesmo comunicado, a tutela da Saúde de Cabo Verde
adiantou que os dois laboratórios do país analisaram 286 amostras, tendo 64
dado resultado positivo, o maior número diário no país até agora, mais 10 do
que o anterior recorde. O país passa a contabilizar um total acumulado de 1.091
casos.
Também Angola bateu um recorde a fechar a semana:
contabilizou na sexta-feira mais 32 casos de Covid-19, o maior registo de
sempre, elevando para 244 o total de infeções do país, anunciou o secretário de
Estado para a Saúde Pública. Angola soma dez óbitos pela doença.
Luanda concentra a quase totalidade dos novos casos (28),
tendo os restantes quatro sido registados no Cuanza Norte, as únicas províncias
com infetados até ao momento, adiantou Franco Mufinda. O secretário de Estado
sublinhou que é preciso "aceitar que a doença existe, é de fácil
transmissão e mata" e apelou ao acatamento das medidas de cumprimento
obrigatório (uso de máscara, distanciamento social e lavagem das mãos).
Já este sábado (27.06), perante o aumento do número de
casos, o Presidente João Lourenço admitiu a possibilidade de recuar nas medidas
de desconfinamento.
A aguardar instruções do PR Filipe Nyusi
Já Moçambique registou, nas últimas 24 horas, mais 23
infeções pelo novo coronavírus, que elevam o total de 816 para 839 casos
positivos, mantendo-se com cinco óbitos, anunciou o Ministério da Saúde, este
sábado. "Os novos casos são todos de nacionalidade moçambicana",
disse o diretor-geral do Instituto Nacional de Saúde (INS), Ilesh Jani, falando
durante a conferência de imprensa de atualização de dados sobre a pandemia no
Ministério da Saúde, em Maputo.
Os novos casos estão distribuídos pelas províncias de Cabo
Delgado (02), Nampula (18), Zambézia (01), Cidade de Maputo(01) e Gaza (01).
As províncias de Nampula e Cabo Delgado, no norte de
Moçambique, são as que registam o maior número de infeções pelo novo coronavírus,
com 253 e 146 casos ativos, respetivamente.
Moçambique vive em estado de emergência desde 1 de abril,
prorrogado por duas vezes até 29 de junho. O chefe de Estado moçambicano,
Filipe Nyusi, apresenta no domingo uma declaração à nação sobre o estado de
emergência, segundo um comunicado da Presidência moçambicana distribuído este
sábado à comunicação social.
Estão em vigor várias restrições: todas as escolas estão
encerradas, espaços de diversão e lazer também estão fechados, estão proibidos
todo o tipo de eventos e de aglomerações, recomendando-se à população que fique
em casa, se não tiver motivos essenciais para tratar.
Guiné-Bissau deve preparar-se para aumento
"A Guiné-Bissau deve preparar-se para um aumento de
casos e vítimas da Covid-19": o alerta foi lançado este sábado pela Alta
Comissária para a Luta Contra a Covid-19, Magda Robalo, que frisou não estar a
alarmar as pessoas, mas a alertar e consciencializar sobre os perigos.
A responsável falava no aeroporto internacional de Bissau,
onde o Governo guineense recebeu 23 profissionais de saúde cubanos que vão
ajudar o país africano no combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus,
que já infetou mais de 1.600 guineenses, incluindo 22 mortos, desde março.
Os oito médicos, 10 enfermeiras e enfermeiros intensivistas,
dois técnicos de laboratório, um técnico em eletromedicina, um logístico e um
chefe da equipa fazem parte da 36.ª brigada internacionalista cubana.
Magda Robalo referiu que a vinda da equipa médica cubana
"é mais uma demonstração de solidariedade e cooperação" existentes
entre a Guiné-Bissau e Cuba, "numa relação de longa data". A
responsável guineense, que distribuiu ramos de flores a cada um dos 23
especialistas cubanos assim que saíram do avião, enalteceu a cooperação de
Havana numa altura em que, disse, a pandemia da Covid-19 se alastra no país.
Também presente no momento da chegada dos especialistas
cubanos, o representante da Organização Mundial da Saúde Jean-Marie Kipela
considerou que a Guiné-Bissau "precisa de esforços adicionais",
nomeadamente de especialistas na área clínica da gestão da Covid-19.
https://www.dw.com/pt-002/covid-19-n%C3%BAmeros-recorde-e-alertas-nos-palop/a-53967113
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O Governo português vai disponibilizar três milhões de euros
para apoiar os PALOP e Timor-Leste a combaterem a propagação da covid-19, ao
abrigo do Plano de Ação na resposta sanitária à pandemia, hoje apresentado em
Lisboa.
Para além dos três milhões de euros, o plano, que tem a
duração prevista de um ano, envolve também a disponibilização de material
médico e proteção individual, num total de cerca de 800 mil artigos e 95 ações
de formação, de acordo com a documentação distribuída aos jornalistas.
"O Plano de Ação na resposta sanitária à pandemia de
covid-19, entre Portugal e os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa
(PALOP) e TImor-Leste, foi elaborado tendo em conta o atual contexto de
pandemia mundial e a determinação do Governo Português em contribuir para os
esforços dos seus principais países parceiros no combate à covid-19 e aos seus
efeitos", acrescenta-se no texto.
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FMI prevê maior recessão em todos os PALOP com exceção de
Moçambique
O FMI piorou esta segunda-feira (29.06) as previsões de
crescimento para todos os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa,
agravando a recessão em todos. Mas há uma exceção: Moçambique deverá crescer
1,2% este ano.
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